Que me
desculpem os hiperativos
que
vieram ao mundo para fazer a diferença
que não
se levantam pela manhã senão para brilhar
que se
destacam e chamam a atenção ao passarem pela rua cheios de graça.
Ah, que
me perdoem os que pensam e logo existem
e os que
nunca desistem
e os que
vieram para transformar
Perdoem
se vim ao
mundo para ser
ser
humano e só, igual a outros no mundo.
Perdoem
se vim
com essa passividade morcegante
para espectar
as mudanças
e
admirado, perguntar: quem fez?
Estrelas,
mártires, baluartes da paz e das revoluções
deixe-me
ficar em silêncio
dentro da
minha caixinha
sem
necessitar de plateias
sem ser
referência a ninguém.
Pois, se
vim ao mundo
foi para
falar baixinho
para
escrever escondido
em folhas
finais de cadernos
Para
andar em cantos de calçadas
de cabeça
baixa
e chapéu
escuro
para
ninguém me ver.
Núbia Rodrigues
Simples e bonito. Como fazem os grandes e poucos poetas que curto. Parabéns, menina.
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